Ciclo da riqueza ou ciclo da miséria. Qual desses ciclos você está vivenciando na sua empresa?

Antes de prosseguirmos, é importante fazer um esclarecimento.  

Os termos “ciclo da riqueza” e “ciclo da miséria” são conceitos estudados nos campos da economia, do desenvolvimento econômico, da sociologia e das ciências sociais que envolvem uma análise abrangente e integral de fatores econômicos, sociais, políticos e institucionais que influenciam na dinâmica da riqueza e da pobreza de uma sociedade. 

Para o ambiente empresarial, e para não termos problemas de interpretação, vamos substituir tais conceitos por “ciclo da prosperidade” e “ciclo da falência”.  

Empresas que vivenciam o “ciclo da prosperidade” são aquelas que conseguem gerar crescimento sustentável e rentabilidade para investir em pessoas, inovação, excelência operacional, aprendizado e diversificação de negócios.  Constroem com suas práticas de gestão, estrutura organizacional e visão estratégica, um ciclo virtuoso de prosperidade e crescimento, e mesmo sendo sensíveis as incertezas e mudanças de mercado, são menos vulneráveis. 

Já as empresas que vivenciam o “ciclo da falência” são aquelas com dificuldades e problemas, muitas vezes crônicos, que levam a resultados negativos e baixa lucratividade. Dependendo das decisões tomadas pela liderança, como por exemplo a redução de investimentos, tem-se como consequência a redução da qualidade e da produtividade. Essa sequência de redução de investimentos acaba levando a empresa para um ciclo vicioso de resultados negativos, de desmotivação e rotatividade de funcionários. Além do que, empresas que vivenciam este ciclo são mais sensíveis e vulneráveis as incertezas e mudanças de mercado. 

É bom lembrar que em tempos de conjuntura econômica desfavorável e dificuldades de mercados, tanto empresas bem-sucedidas quanto empresas com dificuldades e problemas, utilizam como estratégia redução de custos, seja suspendendo compras, despesas e projetos, seja diminuindo suas equipes de trabalho. A diferença é que as empresas bem-sucedidas conseguem continuar investindo em ações estratégicas que continuarão gerando valor para o negócio. 

Mas como romper esse círculo vicioso de resultados negativos, baixa lucratividade e redução de investimentos?  Ajustes de gastos e de quadro funcional podem ser alternativa para momentos de vulnerabilidade e incertezas de mercado, mas o quanto essas ações levam ao ciclo da falência? Será que as empresas conseguem sair desse ciclo negativo somente cortando custos e demitindo pessoas? 

Não vamos ser ingênuos e acreditar em respostas fáceis, mas, talvez a diferença entre uma empresa e outra seja a capacidade de entender onde investir, de inovar e de adaptar-se às mudanças de mercado, para sair com mais rapidez desses momentos de crise que assolam o mercado. 

Outras ações que podemos citar para romper esse ciclo vicioso de dificuldades são:  

– mapear jornadas de clientes para identificar pontos de atrito e pontos de valor; 

– avaliar e reestruturar operações e processos para identificar gargalos operacionais e melhorar eficiência, e em consequência reduzir custo; 

– avaliar sistemas operacionais e oportunidades de hiperautomação para trazer mais eficiência as atividades realizadas pelas equipes; 

– melhorar condições de trabalho para as pessoas vivenciarem um ambiente saudável e para que possam ser mais produtivas com ferramentas adequadas na execução das suas tarefas;

– investir em pesquisa, inovação e melhoria na qualidade da prestação de serviços; 

– buscar novas parcerias, alianças estratégicas e novos mercado;  

– implementar medidas para melhorar a gestão financeira. 

É importante ressaltar que todas as ações listadas dependem de uma liderança capaz de entender as variações do mercado e assertividade na tomada de decisão. Tomada de decisão que seja estratégica e que impulsione o crescimento e a prosperidade da empresa, e não conduza para o ciclo vicioso de resultados negativos e de baixa lucratividade. 

E agora, após ler o texto, qual dos ciclos você está vivenciando na sua empresa? 

Vamos bater um papo para entender qual deles a sua empresa está vivenciando e como posso contribuir com direcionamentos estratégicos para romper os ciclos viciosos?

 

Cristiana Ferronatto 
Head de Design for Business Transformation 
cris.ferronatto@viaflow.com.br 
https://www.linkedin.com/in/cristianaferronatto/
ebook jornada de hiperautomação